terça-feira, 29 de maio de 2012

Um Pouco de História...

“Paradoxalmente, na Grã-Bretanha e na França, a guerra não fez desaparecer a moda, pelo contrário, estimulou novas expressões. Paris, especialmente, a despeito da Ocupação, pôde permanecer na vanguarda da moda, a da alta-costura, mas também daquele de um quotidiano a inventar com o que se tinha à mão. Houve uma moda bicicleta e mesmo uma moda bicicleta-táxi, como houve uma moda para entrar na fila (moda de verão e moda de inverno, certamente). Houve uma moda “zazu”: “As mulheres escondem sob pelos de animais uma blusa de gola redonda e uma saia plissada muito curta; os seus ombros exageradamente carregados contrastam com os dos homens que os usam pendentes; longos cabelos descem em volutas no pescoço; as meias são rajadas, os calçados são baixos e pesados, elas carregam um grande guarda-chuva que, faça o tempo que fizer, permanece obstinadamente fechado” 

(L’Illustration de 23 de março de 1943).

Logo, toda mulher é convidada a criar o seu próprio modelo de roupa ou capa, pronta para retalhar velhos trajes de homem, afirmando assim a sua originalidade e sua capacidade de invenção. Mas Le Figaro aconselha sabiamente as suas leitoras: com a condição “de não ser demasiado marcadas pela moda do momento, de maneira a poder sobreviver a ele”.

Maio de 1940, em Londres. Falsas meias pintadas e falsas costuras desenhadas pelas elegantes que não podiam sair com as pernas desnudas.

Moda de 1939: máscara de gás e ampla capa do costureiro Robert Piguet.

O quase desaparecimento do couro está na base dos calçados de sola de madeira, que logo se tornam verdadeira moda, com modelos cada vez mais audaciosos.

 Texto e fotos retirados do livro “As Mulheres na Guerra – 1939-1945, de Claude Quétel, Editora Larousse.

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